Conta um biógrafo de Bernardette Soubirous, a vidente de Lourdes, que depois das aparições foi para um convento e era tratada como mais uma, apesar de que as aparições eram mundialmente famosas. Estando ali, uma outra religiosa que havia recém entrado no convento queria conhecê-la e conta como imaginava que ela era:
"algo solene, um rosto grave, gestos medidos, uma dicção muito digna, uma estatura criada para as grandes obras".
Mas não encontrava ninguém assim. Mas uma religiosa pequena e novinha a atraía particularmente, e pensava que aquela não podia ser. Depois de três dias tentando adivinhar, quando estava bem pertinho daquela irmã novinha e de uma mais velha, criou coragem para perguntar à mais velha quem era - afinal de contas - Bernardette. A outra lhe disse "É esta!". Ela conta a sua reação: "Fiquei de tal modo perturbada, que um termo infeliz brotou dos meus lábios, antes que pudesse me refazer do meu susto: 'Ça?!' (Esta?!)"
E Bernardette com um sorriso doce nos lábios, tomou a mão daquela recém-chegada e lhe disse: "Sim, menina, apenas ça"
(Posteriormente essa que disse Ça?! Teve grande admiração pela santidade de Bernardette e a acompanhou na hora da morte)
(F. Trochu, Bernardette Soubirous, Aster, Lisboa 1958, p.414)
Com freqüência fazemos coisas boas e depois esperamos o aplauso das multidões, mas também há quem faz por outros motivos.
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