Comentário ao Evangelho do dia feito por
Um companheiro de São Francisco de Assis (séc. XIII)Sacrum commercium, 22
«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»
Ó Senhora Pobreza, o filho do Pai soberano enamorou-Se da tua formosura (Sb 8,2) [...], sabendo que serias a mais fiel das companheiras. Antes de Ele ter descido da Sua pátria luminosa, foste tu quem lhe preparou um lugar conveniente, um trono onde Se sentar, um leito onde descansar: a paupérrima Virgem, de quem nasceu. Desde o Seu nascimento estiveste à Sua cabeceira; deitaram-nO «numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (Lc 2,7). E tu acompanhaste-O sempre, enquanto Ele esteve na terra: «as raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça». Quando começou a ensinar, depois de ter deixado os profetas falarem em Seu nome, foi a ti quem primeiro Ele elogiou: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu!» (Mt 5,3).
Depois, ao escolher alguns amigos como Suas testemunhas para a salvação da humanidade, não foi por comerciantes ricos que optou, mas por modestos pescadores, para a todos mostrar o quanto a estima que te tem, Senhora Pobreza, devia gerar amor por ti. Por fim, como se fosse necessária uma prova gloriosa e definitiva do teu valor, da tua nobreza, da tua coragem e da tua proeminência sobre as outras virtudes, foste a única a manter-te ligada ao Rei da glória, enquanto os amigos escolhidos o abandonaram.
Companheira fiel, terna amante, nem por um instante O deixaste; a Ele cada vez mais ligada ficaste, à medida que O vias mais e mais universalmente desprezado [...]. Foste tu a única a consolá-lO. Não O deixaste até à morte, «e morte de cruz» (Fl 2,8), nu, com os braços abertos em esforço, com as mãos e os pés trespassados por pregos [...], de tal forma que nada mais Lhe restava para mostrar da Sua glória para além de ti.
Depois, ao escolher alguns amigos como Suas testemunhas para a salvação da humanidade, não foi por comerciantes ricos que optou, mas por modestos pescadores, para a todos mostrar o quanto a estima que te tem, Senhora Pobreza, devia gerar amor por ti. Por fim, como se fosse necessária uma prova gloriosa e definitiva do teu valor, da tua nobreza, da tua coragem e da tua proeminência sobre as outras virtudes, foste a única a manter-te ligada ao Rei da glória, enquanto os amigos escolhidos o abandonaram.
Companheira fiel, terna amante, nem por um instante O deixaste; a Ele cada vez mais ligada ficaste, à medida que O vias mais e mais universalmente desprezado [...]. Foste tu a única a consolá-lO. Não O deixaste até à morte, «e morte de cruz» (Fl 2,8), nu, com os braços abertos em esforço, com as mãos e os pés trespassados por pregos [...], de tal forma que nada mais Lhe restava para mostrar da Sua glória para além de ti.
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