Papa reza com os fiéis, em preparação do Encontro de Assis, amanhã, a 25 anos do encontro promovido por João Paulo II. Apelo sobre a Turquia
“Com alegria, vos acolho na Basílica de São Pedro e dou as minhas cordiais boas-vindas a todos vós que não conseguistes lugar na Aula Paulo VI. Vivei sempre unidos a Cristo e testemunhai com alegria o Evangelho. De coração, concedo a todos vós a minha Bênção.”
Na homilia da liturgia da Palavra a que presidiu na Aula Paulo VI, o Santo Padre comentou as leituras proclamadas: o modesto e humilde rei messiânico evocado pelo profeta Zacarias (9, 9-10) e o envio dos discípulos de Jesus, no Evangelho (Lc 10, 1-11), como cordeiros no meio de lobos. E isto em vista do Encontro que amanhã terá lugar em Assis…
“Quis dar a esta Jornada o título de “Peregrinos da verdade, peregrinos da paz”, para significar o empenho que desejamos renovar solenemente, juntamente com os membros de diversas religiões, e mesmo com pessoas não crentes, mas que sinceramente procuram a verdade, na promoção do verdadeiro bem da humanidade e na construção da paz… Como cristãos estamos convictos que o mais precioso contributo que podemos dar à causa da paz é a oração”.
Falando do “novo reino de paz do qual Cristo é rei”, Bento XVI sublinhou que “é um reino que se estende a toda a terra”: “O reino que Cristo inaugura tem dimensões universais. O horizonte deste rei pobre, manso, não é o de um território, de um Estado, mas são os confins do mundo. Para além de toda e qualquer barreira de raça, de língua, de cultura. Ele cria comunhão, cria unidade”.
Este Reino de Deus exprime-se num “grande mosaico de comunidades em que se torna presente o sacrifício de amor deste rei manso e pacífico: o grande mosaico que constitui o “reino de paz” de Jesus, de um a outro mar, até aos confins do mundo”. “uma multidão deilhas de paz, que irradiam paz” – insistiu o Papa.
“Como Jesus, os mensageiros de paz do seu reino devem pôr-se a caminho, devem responder ao seu convite. Devem partir, mas não com a potência da guerra ou com a força do poder”. Neste contexto, o Papa citou uma bela expressão de São João Crisóstomo, que observa, numa sua Homilia: “Enquanto formos cordeiros, venceremos. Mesmo se estivermos circundados de numerosos lobos, conseguiremos superá-los. Mas se nos tornarmos lobos, seremos derrotados, porque ficaremos privados da ajuda do pastor”.
“Os cristãos nunca devem cair na tentação de se tornarem lobos com os lobos; não é com o poder, com a força, com a violência que se estende o reino de paz, de Cristo, mas sim com o dom de si, com o amor levado até ao extremos, mesmo em relação aos inimigos. Jesus não vence o mundo com a força das armas, mas com a força da Cruz, que é a verdadeira garantia da vitória”.
No final da liturgia da Palavra, Bento XVI saudou em diversas línguas os peregrinos presentes, nomeadamente os lusófonos:
“Uma saudação amiga e encorajadora para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção especial dos grupos brasileiros de Aracajú, Cachoeira Paulista, Gama, Recife e Rio de Janeiro. Conto com a vossa oração pelos Representantes das várias Religiões que amanhã se reúnem em Assis, a bem da justiça e da paz sobre a terra. Sobre vós e vossos familiares, desça a minha Bênção.”
A concluir, Bento XVI, muito sugestivamente, partiu da grande imagem de São Paulo que os fiéis podem observar na praça de São Pedro, representado como sempre com uma grande espada nas mãos, para explicar que o Apóstolo dos gentios “não é um grande condestável que tenha guiado potentes exércitos, submetendo com a espada povos e nações”. Bem pelo contrário: “a espada que ele tem nas mãos é o instrumento com que lhe foi dada a morte, com o qual sofreu o martírio, derramando o seu sangue”. A sua única arma foi precisamente o anúncio de Jesus Cristo, e Cristo crucificado”.
“Não é a espada do conquistador que constrói a paz, mas sim a espada do sofredor, de quem sabe dar a própria vida. Caros irmãos e irmãs, como cristãos queremos invocar de Deus o dom da paz, queremos pedir-lhe que nos torne instrumentos da sua paz, num mundo ainda dilacerado pelo ódio, por divisões, por egoísmos, por guerras. Queremos pedir-lhe que o encontro de amanhã em Assis favoreça o diálogo entre pessoas de diferente pertença religiosa e forneça um raio de luz capaz de iluminar a mente e o coração de todos os homens, para que o rancor dê lugar ao perdão, a divisão – à reconciliação, o ódio – ao amor, a violência – à mansidão, e no mundo reine a paz”.
Na véspera da “Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e pela justiça no mundo”, que congregará nesta quinta-feira, dia 27 representantes das diversas confissões cristãs e de variadas religiões em Assis, com o Papa, a costumada audiência geral desta quarta-feira deu lugar a uma liturgia da Palavra, presidida por Bento XVI na Aula Paulo VI.
O mau tempo não permitiu que este momento de oração tivesse lugar, como previsto, na Praça de São Pedro. Os peregrinos que não puderam entrar na vasta sala das audiências concentraram-se na basílica de São Pedro onde foram saudados brevemente pelo Papa.“Com alegria, vos acolho na Basílica de São Pedro e dou as minhas cordiais boas-vindas a todos vós que não conseguistes lugar na Aula Paulo VI. Vivei sempre unidos a Cristo e testemunhai com alegria o Evangelho. De coração, concedo a todos vós a minha Bênção.”
Na homilia da liturgia da Palavra a que presidiu na Aula Paulo VI, o Santo Padre comentou as leituras proclamadas: o modesto e humilde rei messiânico evocado pelo profeta Zacarias (9, 9-10) e o envio dos discípulos de Jesus, no Evangelho (Lc 10, 1-11), como cordeiros no meio de lobos. E isto em vista do Encontro que amanhã terá lugar em Assis…
“Quis dar a esta Jornada o título de “Peregrinos da verdade, peregrinos da paz”, para significar o empenho que desejamos renovar solenemente, juntamente com os membros de diversas religiões, e mesmo com pessoas não crentes, mas que sinceramente procuram a verdade, na promoção do verdadeiro bem da humanidade e na construção da paz… Como cristãos estamos convictos que o mais precioso contributo que podemos dar à causa da paz é a oração”.
Falando do “novo reino de paz do qual Cristo é rei”, Bento XVI sublinhou que “é um reino que se estende a toda a terra”: “O reino que Cristo inaugura tem dimensões universais. O horizonte deste rei pobre, manso, não é o de um território, de um Estado, mas são os confins do mundo. Para além de toda e qualquer barreira de raça, de língua, de cultura. Ele cria comunhão, cria unidade”.
Este Reino de Deus exprime-se num “grande mosaico de comunidades em que se torna presente o sacrifício de amor deste rei manso e pacífico: o grande mosaico que constitui o “reino de paz” de Jesus, de um a outro mar, até aos confins do mundo”. “uma multidão deilhas de paz, que irradiam paz” – insistiu o Papa.
“Como Jesus, os mensageiros de paz do seu reino devem pôr-se a caminho, devem responder ao seu convite. Devem partir, mas não com a potência da guerra ou com a força do poder”. Neste contexto, o Papa citou uma bela expressão de São João Crisóstomo, que observa, numa sua Homilia: “Enquanto formos cordeiros, venceremos. Mesmo se estivermos circundados de numerosos lobos, conseguiremos superá-los. Mas se nos tornarmos lobos, seremos derrotados, porque ficaremos privados da ajuda do pastor”.
“Os cristãos nunca devem cair na tentação de se tornarem lobos com os lobos; não é com o poder, com a força, com a violência que se estende o reino de paz, de Cristo, mas sim com o dom de si, com o amor levado até ao extremos, mesmo em relação aos inimigos. Jesus não vence o mundo com a força das armas, mas com a força da Cruz, que é a verdadeira garantia da vitória”.
No final da liturgia da Palavra, Bento XVI saudou em diversas línguas os peregrinos presentes, nomeadamente os lusófonos:
“Uma saudação amiga e encorajadora para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção especial dos grupos brasileiros de Aracajú, Cachoeira Paulista, Gama, Recife e Rio de Janeiro. Conto com a vossa oração pelos Representantes das várias Religiões que amanhã se reúnem em Assis, a bem da justiça e da paz sobre a terra. Sobre vós e vossos familiares, desça a minha Bênção.”
A concluir, Bento XVI, muito sugestivamente, partiu da grande imagem de São Paulo que os fiéis podem observar na praça de São Pedro, representado como sempre com uma grande espada nas mãos, para explicar que o Apóstolo dos gentios “não é um grande condestável que tenha guiado potentes exércitos, submetendo com a espada povos e nações”. Bem pelo contrário: “a espada que ele tem nas mãos é o instrumento com que lhe foi dada a morte, com o qual sofreu o martírio, derramando o seu sangue”. A sua única arma foi precisamente o anúncio de Jesus Cristo, e Cristo crucificado”.
“Não é a espada do conquistador que constrói a paz, mas sim a espada do sofredor, de quem sabe dar a própria vida. Caros irmãos e irmãs, como cristãos queremos invocar de Deus o dom da paz, queremos pedir-lhe que nos torne instrumentos da sua paz, num mundo ainda dilacerado pelo ódio, por divisões, por egoísmos, por guerras. Queremos pedir-lhe que o encontro de amanhã em Assis favoreça o diálogo entre pessoas de diferente pertença religiosa e forneça um raio de luz capaz de iluminar a mente e o coração de todos os homens, para que o rancor dê lugar ao perdão, a divisão – à reconciliação, o ódio – ao amor, a violência – à mansidão, e no mundo reine a paz”.
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